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A Multa Histórica
A gigante do comércio eletrônico, Amazon, foi alvo de uma multa significativa de 32 milhões de euros na França. A penalização foi imposta devido a práticas de vigilância consideradas “excessivas” em relação aos seus trabalhadores. As medidas, classificadas como ilegais pela agência de vigilância de dados da França (CNIL), levaram a uma investigação que resultou em uma das maiores multas já aplicadas no contexto de proteção de dados.
Gestão de Armazéns e Monitoramento Excessivo
A CNIL identificou que a big tech, responsável pela gestão de armazéns, registrava dados capturados pelos scanners portáteis dos trabalhadores. A precisão extrema desse monitoramento obrigava os colaboradores a justificar cada pausa, levando à alegação de práticas excessivas e invasivas.
Cortes e Objetivos da Amazon
Em um movimento estratégico, a empresa de comércio eletrônico anunciou a demissão de cerca de 9% de seus funcionários, totalizando aproximadamente mil demissões. O objetivo declarado é cortar custos e aprimorar o desempenho no setor de varejo, em meio às crescentes preocupações e críticas.
Violação do Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR)
A CNIL conduziu a investigação após queixas de funcionários e cobertura midiática sobre as condições de trabalho na Amazon. A constatação foi de que a empresa violou o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) em diversas áreas. Um sistema com três alertas para monitorar a atividade dos funcionários foi considerado ilegal pela CNIL.
Questionamentos e Respostas da Amazon
A empresa foi confrontada sobre a necessidade de reter os dados dos trabalhadores por 31 dias. Além disso, a CNIL multou a big tech por não informar adequadamente colaboradores e visitantes externos sobre a vigilância. A resposta da Amazon foi contestar as conclusões, destacando a necessidade dos sistemas de gerenciamento de armazém para garantir segurança, qualidade e eficiência operacional.
Este caso ecoa preocupações anteriores sobre práticas excessivas de vigilância nos armazéns da Amazon. Relatórios sugerem que tais medidas podem gerar desconfiança e microgestão entre os funcionários. No Reino Unido, o sindicato GMB, representando trabalhadores dos armazéns da Amazon, denunciou “níveis contundentes de escrutínio e vigilância”.